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Por Fant�stico

10/12/2023 22h48 Atualizado 10/12/2023

Clarissa Maria de Mendon�a, de 24 anos, foi esfaqueada enquanto dormia e?? ainda viu dois amigos serem mortos.

O assassino foi Aaron Delesse Dantas, o mesmo homem que dizia estar apaixonado por ela.

O?? Minist�rio P�blico denunciou Aaron, mas enquadrou o crime como tentativa de homic�dio qualificado, e n�o feminic�dio.

Mulher fala pela primeira vez?? sobre ataque de 'stalker' que matou dois amigos dela

�Eu disse que eu n�o conseguiria, n�o era rec�proco, n�o sentia a?? mesma coisa. De in�cio parecia que era algo que ia ser bem lidado. At� que parou de ser bem lidado?? assim, n�? Come�ou a ser invasivo comigo. De falar: 'estou na porta dabet pix netcasa, n�o vou sair at� que?? a gente converse'" conta Clarisse.. Veja a entrevista no

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Clarissa conheceu Aaron Delesse Dantas, de 24 anos, em 2023,?? quando os dois trabalhavam no mesmo bar em Londrina, no Paran�. Eles ficaram amigos, at� que o rapaz se declarou.

�Eu?? disse que eu n�o conseguiria, n�o era rec�proco, n�o sentia a mesma coisa. De in�cio parecia que era algo que?? ia ser bem lidado. At� que parou de ser bem lidado assim, n�? Come�ou a ser invasivo comigo. De falar:?? 'estou na porta dabet pix netcasa, n�o vou sair at� que a gente converse'" conta Clarisse.

Aaron insistiu durante meses. Bloqueado?? nas redes sociais, come�ou a criar perfis falsos para chegar at� Clarissa. Em uma das mensagens, ele disse: "� voc�,?? Clarissa. Ontem, eu tive certeza disso."

�Ele falava de mim de uma forma assustadora mesmo. 'Voc� tem que ser minha', e?? isso era assustador. E eu falava isso para ele inclusive: 'Voc� est� me assustando, j� ultrapassou todos os limites'. Cheguei?? a pensar em uma medida protetiva. Acabei sendo um pouco desincentivada, por assim: 'Ah, n�o vai dar em nada, n�o?? vai acontecer nada, o que isso vai impedir o cara tamb�m'. Eu n�o entrei com a medida. E pouco tempo?? depois isso aconteceu", diz.

O ataque

Imagens de c�meras de seguran�a mostram Clarissa chegando em casa com duas amigas, em Londrina, no?? Paran�, as 23h do dia 2 de setembro deste ano. Uma delas � a estudante J�lia Garbossi, de 23 anos,?? que tamb�m mora na casa. Era uma noite de confraterniza��o, com outros convidados. Pouco antes de 1h, chega mais um?? amigo, Daniel Suzuki, de 22 anos.

A festa termina e ficam na casa: J�lia num quarto, Clarissa e Daniel em outro?? - eles estavam iniciando um relacionamento. Durante a madrugada, Aaron invadiu a casa pulando o muro do vizinho. O assassino?? atacou Clarissa e os dois amigos com uma faca. "Eu entrei num estado de choque, s� conseguia repetir :'voc� matou?? meus amigos, voc� matou meus amigos'", relembra.

Clarissa conta que, depois dos ataques, Aaron disse que queria conversar com ela.

�Eu percebi?? que ele n�o iria me matar at� que ele falasse tudo que ele tinha para me falar. Ent�o eu falei:?? 'voc� n�o vai conseguir falar tudo que tem para falar. Eu estou perdendo muito sangue, ent�o eu preciso primeiro lidar?? com isso para a que a gente consiga ter essa conversa que voc� quer porque sen�o eu vou morrer antes?? de voc� me dizer tudo que voc� quer me dizer. E foi a� que eu convenci ele a me levar?? para a UPA.�

Pris�o do assassino

Aaron chamou um carro de aplicativo para levar Clarissa at� uma Unidade de Pronto Atendimento. Os?? dois combinaram de dizer ao motorista que tinham sofrido um assalto. Ao chegar na unidade, ela sustentou a mentira at�?? conseguir entrar na sala de atendimento. Foi quando teve que convencer os m�dicos que quem a aguardava na sala de?? espera n�o era um acompanhante.

�Entrei, esperei fecharem a porta, onde foram fazer minha sutura e a� falei cad� meu acompanhante??? 'N�o deixa ele vir para c�. Foi ele que fez isso comigo'. At� os m�dicos entenderem e acreditarem nisso levou?? um certo tempo. As enfermeiras foram atenciosas comigo. Uma delas chamou a pol�cia", conta a v�tima.

Aaron foi preso dentro da?? UPA com uma faca, um canivete e o celular da v�tima. A Pol�cia Civil indiciou o jovem pelo duplo homic�dio?? qualificado de J�lia e Daniel e tentativa de feminic�dio contra Clarissa. Para o delegado, o crime foi praticado porque ela?? se recusou a aceitar ter um relacionamento amoroso com ele, demonstrando discrimina��o contra a v�tima por raz�es de g�nero.

O Minist�rio?? P�blico denunciou Aaron, mas enquadrou o crime como tentativa de homic�dio qualificado, e n�o feminic�dio. E argumentou que n�o houve?? menosprezo ou discrimina��o � condi��o de mulher, pelo contr�rio: o acusado tinha interesse amoroso pela v�tima e tentou mat�-la porque?? n�o foi correspondido.

O MP acrescentou mais um crime � den�ncia: o de "stalking", termo em ingl�s para persegui��o.

"Quando voc� tem?? um estado processando e julgando uma pessoa que comete esse crime de stalker voc� demonstra tamb�m para a sociedade a?? gravidade que uma simples insist�ncia, porque a gente tem muito isso, 'Ah, ele estava s� insistindo, ele s� queria muito',?? essa simples insist�ncia pode levar a consequ�ncias tr�gicas e catastr�ficas que foi o caso que aconteceu aqui", afirma Paula Rodrigues,?? advogada de Clarissa.

Aaron est� preso no Complexo M�dico Penal, em Curitiba. Se condenado, Aaron pode pegar 29 anos de pris�o.?? Em nota, a defesa disse que aguarda a realiza��o de incidente de insanidade mental de Aaron (leia a nota na?? �ntegra ao final da reportagem).

Clarissa passou por cirurgia, ainda n�o recuperou totalmente o movimento das m�os por causa das facadas.?? Mudou de cidade e ainda n�o voltou a trabalhar.

�Eu espero do fundo do meu cora��o que a justi�a seja feita?? por mim, pelos meus amigos, que receba o m�ximo de pena poss�vel. E eu espero nunca reaver esse homem solto.�

O?? que diz a defesa de Aaron:

"A defesa est� empenhada em demonstrar a real situa��o f�tica ocorrida no dia dos acontecimentos,?? esclarecimentos estes de salutar import�ncia na comprova��o do que ser� dito pelo Aaron quando de seu interrogat�rio, em especial a?? realiza��o de incidente de sanidade mental pendente de autoriza��o judicial.

Aguardaremos a conclus�o do laudo para que a defesa possa se?? manifestar de maneira mais embasada e esclarecedora. Ap�s a expedi��o do laudo, a equipe jur�dica estar� dispon�vel para uma manifesta��o?? p�blica, fornecendo esclarecimentos adicionais sobre a situa��o. Agradecemos pela oportunidade de o r�u exercer seu direito de resposta."

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Esta lei n�o protege o trabalhador que se recusa a trabalhar, se o empregador recusar, at� que for necess�rio para?? a contrata��o de novas pe�as.

No Brasil, uma organiza��o n�o governamental faz uma distin��o entre os empregadores do sexo feminino e?? do sexo masculino.

Em janeiro de 2014, a lei fez do abrigo a um grupo de parceiros, entre os quais estariam?? o Comit� Nacional das Mulheres de Hoje em Dia, tamb�m conhecido como Comit� Nacional da

Mulher e da Mulher-Glaba - a?? Frente Mulheres de Hoje (FOMM).

O grupo conta com o apoio e a integra��o social das mulheres por meio da organiza��o?? denominada Rede Mundial das Mulheres de Hoje, que tem como objetivos centrais mulheres, mulheres e movimentos feministas.

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Um dos s�mbolos do nome de Violeta Virtual � a cor vermelha (no ingl�s "cor").

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