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Por: Ricardo Couto

Trial - Pode um esporte de baixa velocidade ser extremamente radical? O trial est� na raiz do off road e tem manobras inacredit�veis

Bastante popular na Espanha e na Gr�-Bretanha, o trial (esporte de superar pedras, �rvores, rios e outros obst�culos com motos) surgiu no in�cio do s�culo passado, um pouco associado �s dificuldades da vida no campo.

Em uma �poca de poucos caminhos, alguns de extrema dificuldade, eles acabaram virando um desafio, e uma disputa entre propriet�rios e suas m�quinas.

Entre 1909 e 1911 surgia na Esc�cia o Scottish Six Days Trial (SSDT), prova-teste de velocidade e habilidade que ficou famosa$5 minimum deposit online casinotodo o mundo tempos depois, e de onde nasceu o nome Trial, que significa ensaio, prova ou teste$5 minimum deposit online casinoportugu�s e, e ingl�s, tamb�m designa um julgamento.

Ap�s alguns anos de improviso no preparo das m�quinas, a partir de 1925 come�aram a surgir as primeiras motos produzidas com adapta��es especiais, que tinham como caracter�sticas o baixo peso, o elevado n�vel de torque, e a rela��o de transmiss�o mais curta.

Entre meados dos anos 50 e in�cio dos anos 60, alguns fabricantes passaram a participar oficialmente dessas provas, com a estreia das motos inglesas com motor de dois tempos, como BSA, Triumph Tiger Cup 200.

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A partir de 1964, a Bultaco desenvolveu uma moto especial para a modalidade, chamada Sherpa T, abrindo uma nova era no esporte.

A revolu��o causada pela marca espanhola foi tanta que as competi��es de Trial passaram a contar com uma nova categoria, chamada de pr�-65, marcando um divisor$5 minimum deposit online casinorela��o �s motos cl�ssicas.

No rastro da Bultaco, vieram outras m�quinas com projetos arrojados, como as tamb�m espanholas Ossa e Montesa, marca que alcan�ou muitas vit�rias com$5 minimum deposit online casinoCota 247.

As provas mais importantes e mais bem organizadas surgiram$5 minimum deposit online casino1968, quando foi homologado o 1� Campeonato Europeu, que teve como campe�o o legend�rio ingl�s Sammy Miller, que venceu o Scottish Six Days Trial cinco vezes (1962, 1964, 1965, 1967 e 1968).

O Campeonato Mundial s� come�ou a ser disputado$5 minimum deposit online casino1975, com vit�ria naquele ano do ingl�s Martin Lampkin, com uma Bultaco.

Ao lado de Bultaco, Ossa e Montesa, as principais marcas da �poca eram Zundapp, Greeves, Yamaha, Suzuki e Fantic.

Em 1978, o sucesso da primeira edi��o do Trial Indoor de Barcelona espalhou a modalidade para o grande circuito internacional, que comp�e atualmente o Mundial de TrialIndoor.

Em 1984, surgia$5 minimum deposit online casinoMysceline, na Pol�nia, o Trial das Na��es, disputado por equipes de v�rios pa�ses.

A partir de ent�o come�am os campeonatos Indoor$5 minimum deposit online casinorecintos fechados, como gin�sios e pavilh�es, com obst�culos artificiais.

Este tipo de prova, com arquibancadas para abrigar o p�blico, aproximou mais os f�s dos pilotos, livrando-os das interfer�ncias clim�ticas das provas outdoor.

Estava lan�ada a� a base para o X-Trial, provas de n�vel mais radical, onde se destacam os saltos de rampas, acompanhados das acrobacias a�reas de pilotos e suas motos.

Atualmente, o Trial europeu e o mundial t�m como um de seus principais expoentes o espanhol Toni Bou, que de 1994 a 2014 foi oito vezes campe�o do mundo Indoor e sete vezes campe�o do mundo Outdoor, al�m de dez outros t�tulos conquistados$5 minimum deposit online casinoseu pa�s de origem.

No Brasil, o Trial apareceu na d�cada de 70.

Os primeiros praticantes come�aram a pipocar$5 minimum deposit online casino1975, vindos do motocross, o que originou na cria��o do primeiro clube de Trial$5 minimum deposit online casinoMinas Gerais e da primeira prova do pa�s.

A modalidade tomou impulso$5 minimum deposit online casino1978, com as primeiras Honda XL 250, KTM e Huqsvarna importadas.

As trilhas mais famosas ficavam$5 minimum deposit online casinoMinas Gerais, Paran� e S�o Paulo � neste Estado, foram disputadas muitas provas$5 minimum deposit online casinolocalidades como Alphaville, Pico do Jaragu�, Mairipor� e Campos do Jord�o.

Com a proibi��o de importa��o de ve�culos e motos a partir de 1976, o esporte arrefeceu.

A modalidade esportiva indoor s� come�ou a despontar oficialmente, por volta de 1983, quando uma prova foi organizada$5 minimum deposit online casinoS�o Paulo pelo empres�rio Pedro Faus, com o apoio da revista MotoSport.

Como s�o disputadas as provas

Ao contr�rio das provas de rali, enduro ou cross, o Trial � uma prova de baixa velocidade, onde o tempo de cobertura do percurso serve apenas como crit�rio de desempate.

A prova exige do piloto equil�brio, destreza e controle de$5 minimum deposit online casinomoto, al�m de uma estrat�gia de prova, de modo a superar todos os obst�culos, como enormes rochas, riachos, lama, morros, troncos de �rvore e outras adversidades, sem cometer erros durante o trajeto.

O trajeto da prova � previamente determinado e sinalizado, incluindo zonas de pontua��o e de deslocamento.

O regulamento permite aos concorrentes percorrer previamente o roteiro, a p�, para fazer um reconhecimento do terreno, e estudar as dificuldades que vai encontrar pelo caminho, procurando sempre a melhor forma de super�-las.

� punido com perda de pontos o piloto que sofrer queda, deixar a moto cair, permitir o motor apagar ou apoiar os p�s nos obst�culos ou no ch�o para retomar o equil�brio.

Motos especiais

As motocicletas de Trial t�m chassi bastante leve e estreito, de modo a permitir passar$5 minimum deposit online casinolocais bem apertados, como entre duas rochas, por exemplo.

O tanque de gasolina � reduzido, j� que foi concebido para provas de pequenos percursos.

O banco tem apenas apelo figurativo �$5 minimum deposit online casinoalguns modelos de competi��o sequer existe �, uma vez que o piloto � obrigado a ficar de p� o tempo todo sobre as pedaleiras e utilizar seu corpo como p�ndulo para escalar rochas, pared�es ou$5 minimum deposit online casinomanobras �ngremes.

O motor fica instalado numa posi��o bastante elevada no quadro, criando um enorme v�o entre as rodas, para permitir manobras sobre troncos ou rochas, por exemplo, e evitar o contato do c�rter (que conta com uma prote��o especial de a�o) e outros componentes contra pedras ou terreno acidentado.

Esse recurso evita tamb�m que a moto fique travada na travessia de algum obst�culo mais contundente.

As suspens�es s�o elevadas (assim como o escapamento) e de longo curso, para absorver bem as depress�es e sali�ncias dos mais variados tipos de piso.

Os pneus contam com banda de desenho do tipo "todo terreno", por�m com gomos (os chamados "biscoitos") mais pr�ximos que os ods pneus de motocross.

O traseiro tem di�metro muito maior que o dianteiro, a fim de aumentar a �rea de contato com o solo$5 minimum deposit online casinoterrenos irregulares ou de baix�ssima ader�ncia e com resist�ncia suficiente para suportar toda a carga transmitida pela for�a do motor.

As motos de competi��o atuais,$5 minimum deposit online casinogeral, utilizam motores monocil�ndricos com pot�ncia$5 minimum deposit online casinotorno de 25 cv e 350 cc de capacidade, que permitem um maior controle da m�quina$5 minimum deposit online casinoqualquer situa��o.

Com elevado n�vel de torque e auxiliados por uma rela��o de transmiss�o curta, esses propulsores oferecem for�a de sobra e respostas r�pidas e vigorosas principalmente nas baix�ssimas velocidades.